A visão sociológia do Trabalho

Posted by Jeferson Santos on 10:29

De acordo com a sociologia, a transformação das matérias naturais em produtos que atendem às necessidades dos homens é denominada trabalho. Diferentemente das atividades instintivas, ele não consiste em um ato programado ou determinado geneticamente. Outra característica relevante é o fato de tratar-se de uma relação mediada entre aqueles que o executam (ser humano) e a matéria prima por meio de algum instrumento, antigo ou moderno.
Sendo assim, por não seguir predeterminações genéticas e utilizar de instrumentos mediadores, o processo denominado trabalho também exige aprendizado. Percebe-se clara a necessidade de saber manusear as ferramentas para a execução do mesmo. Além disso, o trabalho se desenvolve, não é estático. Isso se dá por não atender um elenco invariável de necessidades, ele se adéqua sempre às novas carências do homem.
O trabalho é uma atividade marcantemente coletiva, pois o sujeito que o realiza nunca é um sujeito isolado, mas sim inserido num conjunto de outros sujeitos. Essa inserção exige a coletivização dos conhecimentos, o que implica também na realização das atividades por outros, organização e distribuição de tarefas, e a necessidade de comunicação através de uma linguagem articulada. Tudo isso demonstra o caráter social do trabalho.
Este implica numa interação social, uma interação entre os indivíduos, afetando a eles próprios e a sua organização. Desta maneira, o trabalho, através do qual o homem transforma a natureza, transforma também a si mesmo, fazendo assim emergir um novo ser, denominado ser social.

Jeferson Luís

Reativação

Posted by Jeferson Santos on 09:12
É notável que o blog estava desativado. Mesmo com três autores o blog ficou paradão por muito tempo. Os motivos são os mesmos pra todos os três: ESTUDOS! Paulo (Vulgo Zé Bob Marley Dig Dig) está trabalhando, fazendo concursos e encerrando seu curso de letras. Vinícius não postou nada até hoje porque é meio vagabundo e desinteressado em relação ao blog, mas também está sem tempo por conta dos estudos e dos shows que faz por aí nos fins de semana. No meu caso, admito que também foi um pouco de preguiça, inclusive tenho um ou dois textos já escritos para passar ao blog e não o fiz. Além disso meu trabalho no projeto de pesquisa tem tirado um pouco meu tempo e os afazeres acadêmicos tem me tirado o sono.
Bem, desculpas (esfarrapadas) à parte, estou aqui pra reativar essa bagaça. Porque o bonde não para e esse ano de 2010 promete muitas postagens interessantes. A copa se aproximando, a faixa de Gaza bombando, Bin Laden ninguém foragido desde que o mundo é mundo, diversas mudanças ocorrendo pelo mundo... Isso só pode gerar postagens!

Abraços e boa degustação!

Quem é o vândalo?

Posted by Paulo Marcelino on 03:34

"Poor Joseph .God was a hard act to follow" - Pobre Jo
sé. Deus foi uma lei difícil de seguir.

Para melhor compreensão do texto abaixo é necessário ver o vídeo acima

Porque no vídeo o homem que pinta o quadro de amarelo é o vândalo?

A arte ou o vandalismo dependem, também, da perspectiva.

Talvez, aquele chamado de vândalo seja o grande artista, pois sua atitude: transgride a transgressão anterior, provoca a cartarse - a libertação de emoção ou sentimento que sofreu repressão, - dele e dos que ao ver o quadro desejaram fazer o mesmo e não fizeram e, por fim, dá maior visibilidade a obra anterior.

Por outra perspectiva, o pintor do quadro é o grande vândalo, pois visa destruir uma imagem arquetípica, ou seja, imagem modelo presente na mente de muitos, mesmo dos não religiosos.

Mesmo no caso dos não cristãos, há ao menos o complexo edipiano: a imagem da mãe como ser sagrado, sem mácula, a meta da perfeição – quem quando criança nunca saiu na porrada por alguém xingar a mãe e ao xingarem o pai nem ligava –. A mãe é vista como tão perfeita que é absurdo ela se relacionar com alguém imperfeito como José, com o pai com letra minúscula.

E, quem deseja apenas o comum? “Todos” desejam o extraordinário. Maria personifica o Nirvana, a elevação espiritual. Enquanto José está preso ao mundo de desejos, o olhar dela vai além e se volta, como uma metáfora, para o alto. Não seria um ato de vandalismo destruir essa imagem!?

Portanto, os dois pintores são vândalos e são artistas.

(se fosse eu o pintor, contrataria alguém para fazer o que esse homem fez e "imortalizar" minha obra, que não estaria gravada mais em um quadro ou outdoor, mas em corações e mentes).

Vídeo retirado de http://video.msn.com/video.aspx?mkt=pt-br

Baianidade - Uma forma de afirmar-se

Posted by Jeferson Santos on 04:52
Motivo da imagem: Num mundo movente e diverso onde as identidades chocam-se constantemente, a necessidade de afirmar-se.

A Bahia de charme, cantos, encantos e desigualdades retratada através da arte ou da mídia é o que podemos chamar, de acordo com Milton Moura, de texto identitário. Esse “texto” é definido como algo que explicita de maneira clara o perfil de um sujeito ou grupo. Pensar na identidade como um texto implica observá-la como algo que se constrói com o tempo e em determinado contexto.

O termo “baianidade” é usado para designar os costumes, o perfil que seria inerente ao baiano (especialmente de Salvador e do recôncavo baiano), ou seja, seria então o texto identitário do baiano, um texto de afirmação. Essa baianidade tem como pilares, segundo Milton Moura, a familiaridade, religiosidade e sensualidade. Sendo assim ela se expressa na forma como o baiano interage com outras pessoas, sua forma de conduzir seus cultos, sua religiosidade, seu sincretismo e sua malemolência, seu gingado, sua corporeidade, seu “borogodó”.
A construção desse texto identitário vem sendo feita por diversos artistas, baianos ou não, e reiterado constantemente pela mídia e por setores ligados ao entretenimento e turismo. Por conta dessa reiteração freqüente esses textos acabam sendo incorporados tanto pelos nativos quanto pelos visitantes, que contribuem para moldar o caráter peculiar de um lugar. Isso muito interessa à indústria cultural, que utiliza dessa peculiaridade do local para atrair capital, o que demonstra que a cultura tornou-se um dos setores mais dinâmicos da economia, gerando trabalho e riqueza.
A baianidade é um discurso identitário que é utilizado quando é conveniente. Muitos baianos quando vão a outros estados declaram sua baianidade por conveniência, como uma forma de exaltar o lugar de onde veio, por exemplo. Mas apesar de ser um discurso absorvido ele nem sempre é aplicado. O baiano não come acarajé todo dia, sua vida não é um carnaval nem sua religião é predominantemente afro. Por conta da nova conjuntura histórica, um mundo globalizado e interconectado que é o que vivemos, as tradições culturais se modificam. Não significa que a baianidade não exista de fato. Ela agora é um elemento unificador e necessário econômica e socialmente. Uma forma de afirmar-se algo num mundo movente e diverso.

Rio 2016 – Põe na conta das olimpíadas.

Posted by Jeferson Santos on 16:46

Pois é pessoal, ao que parece as Olimpíadas do Rio de Janeiro já começaram e ganharam novas modalidades. Uma delas é tiro ao alvo, de preferência tendo como alvos os helicópteros da polícia militar. Têm também as modalidades clássicas e muito praticadas atualmente em todo o país, dentre elas destacam-se a troca de tiros (entre gangues ou contra policiais) e bala perdida ao alvo.

Agora falando sério. Quantas pessoas vão ter que morrer pra que se perceba que as políticas de segurança atuais estão falhas? Quantas vezes eu terei que utilizar desse humor obscuro e sem graça pra chamar atenção pra um assunto tão sério?

Tudo que se faz é procurar alguém pra pôr a culpa nisso tudo. "A culpa é minha e eu a ponho onde quiser!", é o que diria o Homer Simpson. É muito fácil apontar supostos culpados, difícil mesmo é resolver um problema que é histórico no Brasil, nesse caso a violência. As famílias das vítimas não querem culpados, querem justiça.

Políticas públicas de segurança embasadas apenas na "repressão" ao crime deixam muitas brechas, sendo assim não são suficientes. É necessário mais que isso. E as políticas de prevenção (políticas educacionais, de igualdade social, de inclusão social...) são extremamente importantes pra fechar essas brechas deixadas. Claro que reprimir o crime é preciso, isso é inegável. Mas preveni-lo sem dúvida alguma evita muitas perdas, como a dos polícias que estavam no helicóptero da PM-RIO combatendo.

Bandidos com armas de uso exclusivo militar, disputa entre gangues por pontos de drogas, Assassinatos de civis e de Policiais... Ou se corrige a maneira falha como está sendo conduzida a segurança no país ‘prevenindo&coibindo’ a ação dos bandidos, ou acomoda-se às perdas e manda o BOPE subir o morro, “controlar” (contornar) a situação e pôr tudo na conta das olimpíadas.

Leitura e crítica

Posted by Jeferson Santos on 19:49

Antes de abordar a questão da crítica literária é importante delimitar um conceito: O que é crítica, afinal?

O termo crítica advém do grego crinein, que significa separar, julgar. Ela é um julgamento de mérito a partir de um conhecimento mais profundo sobre algo. Uma boa crítica parte de uma análise do contexto para que seja clara, coerente e fundamentada. Essas características diferem crítica e opinião.
É inquestionável a importância da crítica para a literatura, pois ela tem como objetivo comentar as obras, analisá-la. É grande a quantidade de autores que a fazem e o poder que a mesma exerce principalmente no ramo da literatura. Ela tem o poder de enclausurar uma obra ou de exaltá-la a ponto de torná-la ‘o ícone’ da literatura, mas, claramente, é necessário, dentre outras coisas, bom senso ao julgar determinadas obras.
Ao ler e analisar um texto literário é bom que se leve apenas um grande repertório de leituras teóricas ou literárias ao invés de preconceitos ou crenças.
As críticas feitas a determinadas obras literárias explicitam a opinião do crítico e deixa claro também a corrente teórica que ele usa como base, sendo que somente o uso de uma corrente como base sem uma articulação com as exigências literárias do período pode favorecer uma obra não muito boa, ou levar uma excelente obra ao fiasco. A crítica então não é a opinião pura e simples. O crítico tem o trabalho de compreender, interpretar e esclarecer de acordo com o contexto que se encaixam o artista e sua obra. É necessário conhecer o máximo possível para se trabalhar com a crítica, pois ela lida com diversos saberes.

Eleições 2010 - Propaganda eleitoral

Posted by Jeferson Santos on 04:13

CALMA GALERA! Não joguem pedras no blog ainda. Esta postagem (muito menos o blog) não tem o objetivo de fazer propaganda política. Nesse novo post trago uma notícia já transmitida pelas mídias naquele velho padrão chato que todos nós conhecemos.. blá blá blá... ¬¬'
Vamos então agora direto ao ponto. O real objetivo dessa breve postagem é o de salientar a aprovação do livre uso da internet como meio para divulgação das campanhas eleitorais. Isso mesmo meus caros amigos e leitores, agora a propaganda eleitoral na internet é livre. Os candidatos a qualquer cargo político poderão utilizar blogs, orkuts, anúncios, twitter, enfim, os mais diversos recursos da internet.
Uma das idéias inicias contida no projeto proibia o funcionamento de blogs e sites dos candidatos faltando 48 horas para as eleições, mas a mesma caiu por terra. Continua valendo, no entanto, que apenas os candidatos à presidência poderão ter propaganda paga em sites noticiosos na internet.
Já que liberaram a internet, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) propôs também a volta do uso dos outdoors que, juntamente com a proposta do senador Eduardo Suplicy (PT-SP) que obrigaria os partidos a informarem quem havia doado e quanto para as campanhas utilizando a internet, causaram certo alvoroço, mas foram rejeitadas. A "reforma eleitoral" foi aprovada no senado e agora passará pelo presidente Lula.
É isso galera, se preparem pra aturar convites nos sites de relacionamentos de perfis de políticos ou partidos, anúncios nos sites de notícia que você frequenta, dentre outras maneiras chatas de pedir seu voto (ou seria encher seu saco?). Talvez naquela hora em que você estiver conversando pelo MSN com aquela gatinha que você conheceu ocorra um horário eleitoral obrigatório também na internet. Não ocorrerá, fato. Foi apenas um pensamento fugidio...

Jeferson Luís Bispo

Agradecimentos: www.45graus.com.br